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Artigo - Eis o que mancha o homem: "Ouvi e compreendei. Não é aquilo que entra pela boca que mancha o homem, mas aquilo que sai dele. Eis o que mancha o homem". (Mateus, 15)

Artigo - Eis o que mancha o homem: "Ouvi e compreendei. Não é aquilo que entra pela boca que mancha o homem, mas aquilo que sai dele. Eis o que mancha o homem". (Mateus, 15)

"As redes sociais deram o direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho e não causavam nenhum mal para a coletividade. Nós os fazíamos calar imediatamente, enquanto hoje eles têm o mesmo direito de palavra do que um prêmio Nobel." (Umberto Eco)

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"Ouvi e compreendei. Não é aquilo que entra pela boca que mancha o homem, mas aquilo que sai dele. Eis o que mancha o homem". (Mateus, 15)

Uma das mais destacadas passagens do Evangelho é bem apropriada para os tempos que vivemos. O que se deve questionar – e não se trata de nenhum julgamento, mas de constatações – são as atitudes. Muitos, ao mesmo tempo que em alguns dias seguem a tradição e orientação das suas igrejas, se corrompem em atitudes frontalmente em desarmonia com o equilíbrio físico e espiritual.

Há os paladinos da moralidade, pregadores da boa palavra inclusive auxiliando trabalhos em missas e cultos, que ficam só na retórica. Nas próprias atitudes, não são nada daquilo que pregam. Mal saem das missas ou cultos e já estão com seus dedos ávidos despejando maldades nos teclados de seus smartphones.

São pessoas das mais diversas atividades - empresários que criticam os políticos, mas são sonegadores contumazes de impostos ou exploradores dos seus clientes, enriquecendo ao se utilizarem das mais diversas artimanhas, em geral legais, mas imorais, como a cobrança exorbitante de juros que muitas vezes tira das famílias a oportunidade de uma alimentação de mais qualidade; tem os chamados “comedores de hóstias”, mas de vida totalmente desregrada; outros que se aprazem pelo whatsapp, instagram e outros meios vociferando todo tipo de impropério em agressões aos seus semelhantes, defendendo "ídolos" políticos de conduta questionável e causando intrigas entre amigos e familiares. 

São os que agem como aqueles citados pelo premiado escritor italiano Umberto Eco em sua célebre afirmativa sobre as redes sociais que vale uma reflexão – * leia no rodapé.

 

Pobre humanidade, de pessoas que têm o privilégio de testemunhar o período de maior evolução tecnológica da história do planeta, mas  de seres que invertem uma afirmativa tão certa como o preâmbulo deste texto. Seres que evitam ingerir algum tipo de alimento, mas utilizam as suas bocas, que deveriam ser sagradas e propagar a paz, para vomitar impropérios como se tudo isso fosse normal. 

Lá do alto, o Deus que tudo vê deve estar se questionando: a que tipo de gente eu dei o livre arbítrio!?


(*) "As redes sociais deram o direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho e não causavam nenhum mal para a coletividade. Nós os fazíamos calar imediatamente, enquanto hoje eles têm o mesmo direito de palavra do que um prêmio Nobel." (Umberto Eco)

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