Municípios entregarão reivindicações sobre problemas financeiros
Presidente da Amsop, prefeito Anderson Barreto (Coronel Vivida), numa reunião virtual da AMP nesta semana. Foto: Divulgação.
As diretorias da AMP (Associação dos Municípios do Paraná), das 19 associações regionais de municípios e prefeituras de todas as regiões do Estado promoveram ontem uma mobilização para chamar a atenção da sociedade para os graves problemas financeiros enfrentados pelas prefeituras: a campanha “Sem repasse justo, não dá!”.
Dia 4 de setembro — segunda-feira —, os municípios entregarão suas reivindicações à bancada federal do Paraná na sede da AMP, em Curitiba. Possivelmente haja encontro com o governo do Estado e na Assembleia.
“A participação da sociedade é fundamental porque é nas cidades que os cidadãos vivem e trabalham. Precisamos do apoio de todos para superar essa crise e garantir a melhoria do atendimento de qualidade que a população merece e precisa”, comentou o prefeito Edimar Santos (PTB, Santa Cecília do Pavão), presidente da AMP.
“Momento de atenção”
O prefeito de Vitorino, Marciano Vottri (União Brasil), comentou: “O momento é delicado, naturalmente, não só para o município de Vitorino, mas todos do Estado do Paraná e talvez do Brasil e exige do gestor público um replanejamento. Nós temos feito um reordenamento nas contas públicas já desde março e abril deste ano o que nos permite chegar neste momento não numa situação confortável, mas também não numa situação crítica, o momento é de atenção”.
“Então, é um momento de alerta e atenção, de definir prioridades, pra que não possa sempre fechar as contas, nunca deixar de atender os serviços básicos e nunca comprometer a nossa população”, completou Marciano.
O prefeito Disnei Zuca Luquini (PSDB), de Ampere, disse na reunião de sexta-feira, 25, em Francisco Beltrão, que discutiu a crise do leite no Brasil, que de janeiro a julho o município deixou de receber R$ 4,5 milhões. Ele considerou um valor considerável para Ampere, que tem cerca de 20 mil habitantes.
Decreto em Pato Branco
Diante da falta de dinheiro nos cofres públicos, o município de Pato Branco vem tomando medidas para contornar essa situação. Entre elas, um decreto de controle das despesas. O prefeito Robson Cantu (PSD) assinou decreto que impõe restrições em despesas e adequações de gastos. Um item é a recomendação expedida pela Amsop: o fato de o Governo do Estado ter fechado o 1º quadrimestre de 2023 com déficit de R$ 1,5 bilhão; e a queda de 6,7% no repasse do ICMS aos municípios da região Sudoeste. (ASCOM via JdeB)