Uma pesquisa realizada pelo Sebrae revelou os hábitos de uso de produtos financeiros dos empreendedores que estão à frente de pequenos negócios (microempreendedores individuais; microempresas; e empresas de pequeno porte). De acordo com o levantamento, ainda é grande o número de pessoas que continuam misturando despesas das pessoas Física e Jurídica – no Paraná, 56% dos entrevistados já pagaram contas da empresa com a conta da Pessoa Física.

O comportamento, de acordo com o consultor do Sebrae/PR Amberson Bezerra merece atenção e, em análises financeiras como essa feita na pesquisa, é o protagonista.

“É preciso separar o empresário do empreendedor. Por isso, desde o início, é indicado manter um fluxo de caixa ordenado, fundamental para a boa gestão financeira. É esse instrumento que ajuda o empresário a observar como a empresa está, o que foi faturado e o que está sendo devido para fazer uma projeção de futuro”, aconselha o consultor.

Lições da pandemia

A pesquisa revela muitos comportamentos que vieram depois pandemia, a partir dos aprendizados obtidos no período. Alguns dados, por exemplo, são referentes à economia de dinheiro. Cerca de 42% dos empreendedores paranaenses conseguiram economizar algum dinheiro nos últimos meses. 

“A pandemia gerou uma crise. Então, podemos dizer que ela ajudou os empresários a enxergar a importância de ter uma base e/ou garantia para possíveis tempos turbulentos. Quem soube aproveitar o aprendizado, entendeu que é preciso se preparar para o problema antes mesmo dele surgir”, relata.

Tais ensinamentos se refletem também na vida pessoal. Segundo a pesquisa, 44% dos empreendedores paranaenses entrevistados investem em seguro de veículo; 30% têm seguro de vida; 34% possuem plano de saúde; 50% possuem poupança; 53% contribuem para o INSS; e 17% possuem previdência privada. Índices que apontam que o empreendedor paranaense está, sim, tentando se preparar diante de possíveis riscos.

Formatos

Em relação aos serviços utilizados como Pessoa Física, no Paraná, a maioria dos empreendedores dá preferência para contas correntes em bancos tradicionais, 83%; 50% possuem conta poupança; 84% preferem o cartão de débito; 54% utilizam contas digitais; e 26% fazem uso de cheque especial.   (assessoria)