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Polícia Federal faz operação contra tráfico internacional de armas no Paraná

Polícia Federal faz operação contra tráfico internacional de armas no Paraná

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em oito estados

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A Polícia Federal cumpre 25 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, na manhã desta quarta-feira, 29 de julho, contra suspeitos de integrar um grupo especializado no crime de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em oito estados nesta quarta-feira. Um mandado de prisão também foi cumprido contra um investigado que já estava preso, em Brumadinho, em Minas Gerais.

Segundo a PF, as armas e peças, originalmente usadas em armas não-letais de airsoft, eram importadas ilegalmente do Paraguai e enviadas pelos Correios e por transportadoras privadas para vários pontos do Brasil.

De acordo com o delegado da PF que comanda as investigações, Rodrigo Martins Moreira da Silva, os kits eram anunciados e vendidos pela internet, em sites de compra e venda de produtos gerais.

As peças eram despachadas de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e de Guaratuba, no litoral do estado, para os outros estados.

Silva afirmou que os investigados tiravam dúvidas dos compradores sobre o funcionamento das peças vendidas como armas de fogo na própria plataforma do site de compra e venda.

No Paraná, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em Guaratuba, no Litoral e em Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste do estado na região de fronteira com o Paraguai.

Os policiais identificaram a atuação dos suspeitos no Paraná, Minas Gerais e São Paulo, na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios, que teriam como destino estados brasileiros.

Para conseguir fazer o transporte via Correios e transportadoras privadas, os criminosos escondiam as armas de fogo e acessórios dentro de equipamentos como rádios, climatizadores de ar e até em panelas elétricas.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, as armas eram importadas do Paraguai e os suspeitos contavam com o auxílio de atravessadores paraguaios para conseguir trazer ao Brasil.

Um dos acessórios importados do Paraguai e comercializado pelo grupo criminoso é o denominado Kit Roni. Esta técnica consistia em transformar pistolas de airsoft em armas de fogo reais, funcionando como uma submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas.

Cerca de 130 policiais federais participam da operação chamada de Mercado das Armas.

Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Se condenados poderão ter penas de até 12 anos de prisão.

Assessoria

Foto: Policia FederaL 

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