Ratinho Jr minimiza greve de servidores: 'é muito pequena'
"A greve é muito pequena. A grande massa de professores têm consciência de sua missão"
O governador Ratinho Júnior (PSD) minimizou hoje a greve dos servidores públicos estaduais, iniciada na última terça-feira (25), em protesto pelo reajuste salarial de 4,94%, relativo à inflação dos últimos doze meses. "A greve é muito pequena. Nós contabilizamos 4% no Estado do Paraná. São alguns poucos professores. Mais sindicalistas.A grande massa de professores têm consciência de sua missão", avaliou ele.
O governador também criticou os grevistas, lembrando que tem pouco tempo no cargo. "Essa greve é uma greve injusta. Porque com cinco meses de governo fazer uma greve?", questionou. Ratinho Jr afirmou ainda que a paralisação prejudica a população. "Além disso, uma greve que não é contra o governador, é contra os pais, é contra quem paga o salário deles", disse.
Ratinho Jr reafirmou que não vai reabrir negociações enquanto houver greve. "No governo do Estado quem faz greve não vai ter conversa", avisou. "Eu tenho conversado com vários outros servidores de outros sindicatos que não entraram em greve", disse. "Nós vamos trabalhar com quem faz no diálogo, quem realmente quer construir uma proposta com responsabilidade para o Estado não ser quebrado", defendeu.
O governador sinalizou que as negociações com policiais civis e militares estão avançando. Na segunda-feira, policiais civis fizeram uma carreata até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, com viaturas em más condições de conservação, para protestar pelo reajuste. Após conversas com o governo, que pediu mais uma semana para apresentar uma proposta, a categoria suspendeu operação padrão que estava prevista para ser iniciada na terça-feira, nas delegacias.
"Na área de segurança, por exemplo, nós temos feito um diálogo muito bom. E vamos avançar, inclusive, algumas propostas. Agora o Paraná tem essa responsabilidade, e eu como governador tenho essa responsabilidade, de fazer com que a gente possa ter avanços, mas sem ter a necessidade de ficar usando a greve como instrumento político. Esse tipo de pressão com meu governo não vai funcionar", afirmou.