Reabertura da Fronteira: Argentina reabre nesta sexta-feira e entidades preveem retomada da normalidade
EXIGÊNCIAS PARA A ENTRADA NO PAÍS VIZINHO: É prudente que, inicialmente, as pessoas não façam um deslocamento maciço para a fronteira, pois ainda não é sabido qual o número de turistas que poderá entrar por dia.
Segundo o diretor de Comércio Exterior da Facisc e ex-presidente e atual diretor da Ascoagrin, Marcos Voltolini, a reabertura marca a volta da normalidade para os dois países e para o mundo como um todo
A abertura da fronteira entre o Brasil e a Argentina, nesta sexta-feira, 1º de outubro, será um marco importante para a retomada da economia, do turismo e da competitividade para Santa Catarina.
Essa é a opinião da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina - Facisc, que reúne mais 35 mil empresas e 148 associações empresariais em todo o estado.
Segundo o diretor de Comércio Exterior da Facisc e ex-presidente e atual diretor da Associação Empresarial da Fronteira - Ascoagrin, Marcos Voltolini, a reabertura marca a volta da normalidade para os dois países e para o mundo como um todo.
“A abertura fará com que a economia volte a girar”.
Outro ponto destacado por Voltolini, é que a reabertura tem um lado social muito importante, porque voltará a unir famílias que estiveram separadas durante todo este tempo de pandemia. “Famílias ficaram afastadas porque as fronteiras estavam fechadas. Será um momento de reencontro.”
Com a reabertura, um dos setores que volta a ser aquecido é o turismo, um dos principais setores da economia catarinense, fortemente afetado pela pandemia e fechamento das fronteiras.
A Argentina é o primeiro país em número de turistas estrangeiros no Brasil e em Santa Catarina.
A abertura da fronteira também traz de volta um hábito muito comum na região, que é o comércio fronteiriço, o turismo de compras.
“As pessoas voltam a comprar dentro da cota permitida. Com isso desestimula o contrabando e descaminho, que cresceu muito neste período de fronteiras fechadas, pois muitos buscaram essa linha para levar produtos para dentro do país de forma ilegal”, destaca o diretor.
Outro ponto que é importante ressaltar é o incentivo ao turismo local e regional.
A redução dos índices de falta de mão-de-obra também é um dos pontos destacados pela Facisc, como benefício da abertura da fronteira.
“Temos um trânsito muito grande entre pessoas que moram em uma cidade e trabalham em outra”.
A presidente da Ascoagrin, Raquel Schwab, ressaltou que a abertura tem grande importância para o comércio local, tanto do Brasil quanto da Argentina.
“É isso que vai reaquecer a economia de Dionísio Cerqueira em Santa Catarina, dos municípios paranaenses de Barracão e Bom Jesus do Sul e o argentino de Bernardo de Irigoyen”.
O impacto é direto porque terá novamente a circulação do turismo.
“As pessoas voltam a circular nas cidades da trifronteira, voltam a se hospedar nos hotéis, consumir em restaurantes, bares e lanchonetes, e movimenta toda a economia local. Estamos otimistas e esperançosos”.
O pedido para abertura da fronteira é bandeira de diversas instituições e movimentos como o Comitê de Desenvolvimento Territorial La Frontera e o Conselho de Desenvolvimento Trinacional (Codetri) que luta em prol da reabertura das fronteiras entre o Brasil e a Argentina.
A abertura acontecerá de forma gradual (veja as regeras abaixo).
Segundo o ex-presidente da Ascoagrin e diretor de Comércio Exterior da Facisc, Marcos Voltolini, o momento é de euforia, pela reabertura da fronteira, mas também de precaução, pois ainda não é sabido o número diário de pessoas que poderão entrar na Argentina.
“Aos poucos o livre acesso está sendo encaminhado, pois existem restrições e barreiras a serem superadas, pelo tempo e pela confiança que a normalidade está sendo retomada”, afirmou.
Portanto, é prudente que, inicialmente, as pessoas não façam um deslocamento maciço para a fronteira, e não puderem entrar na Argentina.
Fontes extra oficias dão conta que apenas 60 pessoas por dia poderão cruzar a fronteira, mas essa não é uma informação oficial.
“Existe todo um protocolo e definições a serem seguidas e, em Bernardo de Irigoyen, ao lado da Aduana de Turistas, foi construída uma estrutura de apoio, uma espécie de “mini hospital”, para receber os turistas, obedecendo os critérios sanitários definidos pela Argentina. Em eventuais casos de quarentena, as pessoas ficarão nesse local”.
REGRAS
1º de outubro: autorizada a entrada de estrangeiros de países limítrofes com cota definida pela capacidade de cada jurisdição.
Entre 1º de outubro e 1º de novembro: aumento da cota de entrada em todos os pontos de fronteira, aeroportos e portos marítimos.
1º de novembro: autorizada a entrada de todos os estrangeiros.
PARA INGRESSAR NO PAÍS SERÁ SOLICITADO:
Calendário de vacinação completo, com data da última aplicação de pelo menos 14 dias antes da chegada ao país.
Teste PCR negativo nas 72 horas anteriores ao ingresso, ou antígeno no ponto de entrada (a ser definido pela autoridade sanitária).
Teste PCR do 5º ao 7º dia de chegada (definido pela autoridade sanitária).
Da mesma forma, o governo alertou que aquelas pessoas que não apresentarem esquema vacinal completo, inclusive menores de idade, deverão realizar quarentena, teste de antígeno no ingresso e teste de PCR no 7º dia.
Ainda, foi informado que quando o país atingir 50% da população totalmente vacinada, o teste de antígeno não será mais exigido para ingresso (exceto para aqueles não vacinados), assim como o PCR no dia 5 - 7 e poderá ser suspensa a cota.
CONFIRA AS DEMAIS MEDIDAS FLEXIBILIZADAS PELO GOVERNO ARGENTINO:
Não será mais obrigatório o uso de máscaras faciais ao ar livre, tanto em circulação individual quanto coletiva, desde que não haja multidão de pessoas.
O uso da máscara continua sendo obrigatório em locais fechados (sala de aula, cinema, teatro, ambientes de trabalho, transporte público, shows e eventos de massa) e ao ar livre quando há aglomeração de pessoas.
Reuniões sociais sem limites de pessoas com o cumprimento de medidas de prevenção: máscara, distanciamento social e ventilação.
Atividades econômicas, industriais, comerciais, de serviços, religiosas, culturais, esportivas, recreativas e sociais poderão ser realizadas com 100% de capacidade em locais fechados, mantendo as medidas preventivas (máscaras, distanciamento social e ventilação).
Autorização de discotecas com lotação de 50%, com esquema de vacinação completo (14 dias antes do evento).
Salões de festas, bailes ou atividades similares: habilitado para pessoas que comprovarem esquema vacinal completo (14 dias antes do evento) ou dose mais teste diagnóstico negativo (PCR ou Antígeno) nas 48 horas anteriores ao evento. Protocolo especial para festas de 15 ou menores de 17 anos durante a vacinação de adolescentes.
Eventos massivos de mais de mil (1000) pessoas: A partir de 1º de outubro, será habilitada a capacidade de 50% e o protocolo específico em relação aos requisitos será discutido diretamente com a organização.
Ainda não há informações específicas sobre o transporte rodoviário internacional de cargas, pois, até o momento, não houve publicação de uma nova normativa.
Desta forma, assim que o documento for divulgado, e em caso de alteração nas medidas atuais, ou que afetem diretamente o TRIC, será feita a devida comunicação. Fonte: Luiz Carlos Gnoatto - Portal da Facisc - Fotos, Aduana de Turismo de Dionísio Cerqueira (credito: Luiz Carlos Gnoatto)- Via site da Ascoagrin.
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