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Servidores protestam em frente à Secretaria da Educação

Servidores protestam em frente à Secretaria da Educação

Secretário de Educação está afastado por conta de uma licença

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Com a intensificação da greve, que ganhou corpo após a proposta de reposição apresentada pelo governador Ratinho Junior (PSD), servidores públicos do Paraná se reuniram em frente à Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) para demonstrar repúdio as políticas do secretário da Educação, Renato Feder. Além de Curitiba, os servidores do Interior realizaram atos em frente aos Núcleos Regionais.

Durante o ato, a categoria exigiu uma reunião com o secretário da educação, respeito e diálogo com os servidores, além de cobrar pontos específicos da pauta

“Como Feder está afastado por conta de uma licença, a equipe da secretaria decidiu não receber uma comissão de educadores”, informou a APP-Sindicato.

Segundo o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, é importante que a categoria continue mobilizada para aumentar ainda mais a greve estadual. "Os representantes da Seed informaram que o debate sobre as pautas da categoria devem ser realizadas com a Casa Civil. Nós repudiamos essa mensagem, porque a secretaria da Educação sempre foi o espaço de organizar o dia a dia das escolas. Então esta conduta do secretário e de sua equipe dialoga exatamente com o que se pretende, que aplicar estas medidas que vão contra a educação", disse.

“Após o ato, servidores voltam a atenção para as escolas que ainda não aderiram a greve para reforçar ainda mais as mobilizações da próxima semana. O objetivo é parar o maior número de trabalhadores possível e chamar para um grande ato que será realizado na próxima terça (09), a partir das 9h na Praça 19 de dezembro, em Curitiba”, informou a APP-Sindicato, em nota.

Confira a pauta de reivindicações 

Não ao calote

Na avaliação dos(as) representantes dos(as) trabalhadores(as), o governo atual repete a prática da gestão Richa (PSDB), de subestimar as previsões de arrecadação para tentar justificar o calote no funcionalismo.

Sem revisão nos salários desde 2016, a defasagem nos rendimentos dos(as) servidores(as) estaduais passa de 17%. O tamanho do prejuízo é equivalente a mais de dois meses de salário por ano.

A data-base venceu em maio. A reivindicação é 4,94%, referente a inflação dos últimos 12 meses, e uma proposta para o pagamento dos atrasados.

De acordo com o economista do FES, Cid Cordeiro, a situação fiscal do governo permite atender o pedido do funcionalismo e não oferece risco às contas públicas. Ele esclarece que Ratinho Junior assumiu o estado com o menor índice de gasto com pessoal dos últimos 10 anos.

Participaram da assembleia professores(as) e funcionários(as) de escola de todas as regiões do estado. Os deputados estaduais Requião Filho (MDB), Professor Lemos (PT) e Tadeu Veneri (PT) também estiveram presentes para registrar apoio à luta da categoria em defesa da educação e melhores condições de trabalho.

 

:: Pauta unificada

Pagamento da Data-base;
Retirada do Projeto de Lei Complementar 4/2019 da ALEP que destrói a carreira do funcionalismo público estadual;
Abertura de concurso público;
Defesa da Previdência Pública;
Humanização da perícia médica no Estado;
Melhores condições de atendimento da saúde dos(as) servidores(as);
Garantia do direito de greve e retirada das faltas atribuídas ilegalmente;
Concessão de licenças especiais.

 

:: Eixos da pauta específica

1) Contra o Desmonte da Escola Pública.
2) Melhores Condições de Trabalho.
3) Valorização Profissional.
4) Defesa da Previdência Pública.
Pauta Específica:
• defesa do Piso Nacional;
• realização de concurso público e manutenção do processo de seleção de professores(as) PSS, conforme vigência atual;
• pagamento do piso mínimo regional e reajuste do auxílio-transporte e alimentação para os(as) funcionários(as) de escola;
• manutenção, conforme o previsto em lei, do processo de eleição de diretores(as) de escolas;
• defesa da jornada de trabalho em horas-aula para os(as) professores(as), pedagogos(as) e readaptados(as) e da hora-atividade;
• contra o intervencionismo pedagógico nas escolas (tutorias, Prova Paraná, controle de frequencia dos(as) estudantes, pressão por resultados, Escola Segura entre outros.)
• abertura de novas turmas do PDE e manutenção do Pró-funcionário, que são programas estruturais e permitem avanços na carreira.

Assessorias e site da APP-Sindicato 

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