TSE afirma que voto impresso teria custo de R$ 2,5 bi em dez anos
Medida foi citada pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele defende mudança já para 2022, quando tentará se reeleger. Para Barroso, isso seria retrocesso
A impressão dos votos nas eleições brasileiras teriam um custo de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos, segundo estimativas feitas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A medida vem sendo citada pelo presidente Jair Bolsonaro, em suas transmissões ao vivo nas redes sociais. O presidente defende a mudança já para 2022, quando tentará se reeleger.
A medida foi barrada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que considerou inconstitucional a regra, com o argumento de que ela coloca em risco o sigilo da votação e a liberdade dos eleitores. A decisão da Corte foi confirmada em setembro de 2020 pelo plenário.
Reprovado
A Corte Eleitoral já testou o modelo proposto por Bolsonaro em 2002. Na ocasião, o voto impresso foi implantado em 150 municípios brasileiros, onde viviam 7,1 milhões de eleitores. Um relatório do tribunal concluiu que a experiência "demonstrou vários inconvenientes" e "nada agregou em termos de segurança ou transparência". O tribunal apontou que nas seções com voto impresso foram observadas filas maiores.
PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da deputada Bia Kicis (PSL-DF), aliada de Bolsonaro, também prevê a impressão de um comprovante da votação que seria usado em eventuais auditorias.