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Automedicação em alta: 86% dos brasileiros utilizam medicamentos sem orientação médica

Automedicação em alta: 86% dos brasileiros utilizam medicamentos sem orientação médica

A internet tem sido a principal fonte para buscar informações sobre o que tomar quando os sintomas aparecem. A farmacêutica da Prati-Donaduzzi explica os perigos de se automedicar.

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Quando os primeiros sintomas de gripe ou resfriado surgem - garganta arranhando, nariz escorrendo e dores no corpo -, é um alerta de que algo não está bem. Nesse momento, é comum que muitas pessoas recorram a métodos convencionais para tentar aliviar esses desconfortos. Tomar um chá ou até mesmo um medicamento encontrado na internet se torna um forte aliado na busca por alívio dos sintomas.

No entanto, é importante destacar que a prática da automedicação, apesar de parecer uma solução rápida e fácil, está se tornando cada vez mais comum e apresenta diversos riscos para a saúde, conforme revelado por uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). Segundo o estudo, cerca de 86% dos brasileiros consomem medicamentos sem orientação médica, sendo que a internet é a principal fonte de busca para 68% dos entrevistados.

“Reações alérgicas e intoxicações são os principais riscos quando os medicamentos são utilizados de forma indevida e sem orientação", alerta a farmacêutica Priscila Chiamulera Mantovani da Prati-Donaduzzi. Os medicamentos como vasoconstritores, anti-histamínicos e antialérgicos podem estar associados ao aumento da pressão arterial, bradicardia e taquicardia, o que os torna inadequados para pacientes hipertensos por exemplo.

 

Identificando os sinais

Em meio aos incômodos sintomas respiratórios, surge a pergunta: é gripe ou resfriado? A distinção entre essas duas condições nem sempre é clara. A gripe, provocada pelo vírus Influenza, é reconhecida por sintomas como febre alta, calafrios, dor de garganta, dores musculares e fraqueza geral. Por outro lado, o resfriado, causado principalmente pelo Rhinovírus, apresenta-se com coriza, congestão nasal, espirros, tosse leve e febre baixa.

 

“Ao avaliar as necessidades de cada paciente, o farmacêutico desempenha um papel fundamental na orientação sobre o tratamento mais apropriado. Essa abordagem não apenas alivia o desconforto do paciente, mas também contribui para evitar a sobrecarga nos serviços de saúde, evitando o congestionamento de clínicas e hospitais”, conclui a especialista.

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