Argentina terá segundo turno dia 19
Sergio Massa; Javier Milei. Foto: Reprodução/ Redes Sociais. (ABr)
Daqui quatro semanas, dia 19 de novembro, um domingo, os argentinos vão às urnas novamente, para o segundo turno presidencial. Ontem, o candidato governista Sergio Massa terminou na frente, com 36% dos votos.
Ele vai disputar a presidência com Javier Milei, que obteve 30%.
Em terceiro lugar ficou a candidata Patricia Bullrich, com 24%, seguida por Juan Schiaretti, com 7% e Myriam Bregman, com 3% dos votos.
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Esse resultado, grosso modo, confirmou o que a maioria das pesquisas indicavam.
Perfil dos dois candidatos
Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria, é o atual ministro da Economia da Argentina. Político experiente, já foi presidente da Câmara dos Deputados.
Javier Milei, autodenominado “anarcocapitalista”, é da coalizão conservadora La Libertad Avanza, e se coloca como representante de um liberalismo extremo. Entre suas propostas estão a redução drástica de subsídios e do aparato estatal.
Como é a eleição na Argentina
Na Argentina existe o mecanismo de eleições primárias, que eliminam quem não atingir 1,5% dos votos. Depois dessa rodada, em agosto, sobraram cinco nomes: Javier Milei, do Liberdade avança, com 30%; Patricia Bullrich, do Juntos pela mudança, com 28%; o governista Sergio Massa, da União pela pátria, com 27%; Juan Schiaretti, do Um novo país, com 4%; e Myriam Bregman, da Unidade dos trabalhadores, com 3%.
Como seria no Brasil se valesse o modelo argentino?
Na Argentina, para vencer no primeiro turno, o candidato precisa ter 45% dos votos mais um (no Brasil, 50% mais um). Ou mais de 40% desde que com uma diferença superior a 10 pontos percentuais para o segundo colocado.
No Brasil, só Fernando Henrique Cardoso venceu no primeiro turno, em 1994 e 1998, com 54% e 53% dos votos. Se, porém, valesse a regra argentina dos 45%, Lula teria triunfado tranquilamente em 2002 (46% ) e 2006 (49%). Dilma também teria vencido no primeiro turno em 2010 (47%), Bolsonaro em 2018 (46%) e Lula em 2022 (48%).
O Brasil só teria tido um segundo turno em sua história presidencial: em 2014, com Dilma (42%) e Aécio (34%).