A cada dez mortes prematuras no Brasil, uma pode ser atribuída ao consumo utraprocessados, diz estudo
O levantamento também fez as contas do impacto econômico do consumo desses produtos no país
Segundo um estudo da Fiocruz, de cada dez mortes prematuras no Brasil, uma pode ser atribuída ao consumo de alimentos ultraprocessados. Isso equivale a 57 mil mortes de pessoas entre 30 e 69 anos que poderiam ser evitadas por ano.
O levantamento também fez as contas do impacto econômico do consumo desses produtos no país. São R$ 10 bilhões por ano gastos para tratar pessoas que tiveram problemas de saúde relacionados à ingestão contínua dos ultraprocessados.
De acordo com Eduardo Nilson, pesquisador da Fiocruz Brasília que trabalhou no estudo, a ciência cataloga ao menos 32 doenças diferentes associadas aos ultraprocessados.
"Nós trabalhamos na questão tanto dos custos federais do SUS, considerando hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e recursos da farmácia popular, e também curtos indiretos, que seriam, por exemplo, de ciências previdenciárias, aposentadorias, o absenteísmo, que é a falta do trabalho por doença, associadas à que há três doenças que são as mais prevalentes, que são obesidade, hipertensão arterial e diabetes tipo 2", explica o pesquisador.
Todos os gastos relacionados ao tratamento de doenças e perdas de vidas representam cerca de R$ 10,4 bilhões por ano para o Brasil. Para fazer essa conta, os pesquisadores analisaram diferentes dados da população.
- R$ 9,2 bilhões relacionados à mortes prematuras e saída de pessoas do mercado de trabalho;
- R$ 933,5 milhões referentes ao tratamento de doenças, que inclui consultas, exames e medicamentos do programa farmácia popular;
- R$ 263,2 milhões ligados a custos de aposentadoria precoce, licenças médicas e internações.
(Fonte: Cultura / Foto: Freepik)